2016
Muitas vezes colocamos a paz em lugar
distante, quando está próxima de nós.
Na verdade, ela habita em nosso interior. Paz e felicidade podem ser sinônimos e tanto a tranqüilidade como a infelicidade estão em nossas imperfeições.
Não culpemos a ninguém.
Somos filhos de nossas obras. Os frutos que colhemos são sementes que plantamos.
Ninguém pode negar que estamos construindo a consciência serena pelo próprio exercício do bem que construímos
Vale recordar a história de Olavo Bilac, que foi procurado por um amigo comerciante que desejava vender uma pequena propriedade agrícola, a qual o poeta conhecia tão bem.
Bilac que sabia o valor do serviço em favor dos amigos, rapidamente atendeu o pedido e redigiu a seguinte mensagem:
“Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes águas de um ribeirão.
A casa, banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranqüila das tardes, na varanda”.
Decorridos alguns meses o poeta encontra o amigo e pergunta-lhe se havia vendido a propriedade.
Recebe a resposta intrigante do homem:
– Nem pensei mais nisso. Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha.
Será que não somos um pouco assim? Quase sempre desprezamos a imensa riqueza que Deus colocou para nosso usufruto.